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Torquato explica parceria para combate ao crime no Rio

por publicado: 22/11/2017 21h12 última modificação: 22/11/2017 21h18
Durante audiência na Comissão de Segurança Pública na Câmara, ministro da Justiça expõe estratégia de barreiras montada pelo Governo Federal

Camara

Ministro Torquato Jardim falou sobre o cerco montado em torno da logística do tráfico. Foto: Ronaldo Caldas/MJSP 

Brasília, 22/11/17 – Durante reunião de mais de três horas na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (22), o ministro da Justiça, Torquato Jardim, deu explicações sobre a parceria entre o Governo Federal e o governo do estado no enfrentamento da crise de segurança no Rio de Janeiro.

O ministro ressaltou a estratégia de cercar o Rio em três ondas de barreiras policiais, sendo a primeira a partir da fronteira Sul, do Rio Grande do Sul até Mato Grosso do Sul, a segunda nos corredores rodoviários entre São Paulo, Goiás e Minas, e o terceiro na ponta consumidora, que é o próprio Rio de Janeiro.

As estatísticas oficiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF) revelam que a maior parte da apreensão de drogas, armas, munições e pessoas ligadas ao tráfico se dá na primeira barreira. Há um padrão sendo formado, segundo o qual a segunda barreira filtra ainda mais e uma menor parte desses produtos ligados ao crime são apreendidos na ponta final.

“Já sabemos que o crime organizado está evitando as rodovias federais e passando a usar rodovias estaduais e estradas vicinais, com veículos de menor porte”, comentou Jardim.

Questionado pelos membros da comissão sobre as declarações recentes a respeito das forças de segurança pública do Rio de Janeiro, o ministro explicou que é impedido legalmente de fornecer detalhes de investigações em andamento. E se comprometeu a voltar à Câmara quando as operações forem concluídas.

Armas
O direito de posse de armas de fogo pelos brasileiros também foi bastante demandado pelos deputados. Alberto Fraga (DEM-DF) e Onix Lorenzoni (DEM-RS) teceram críticas contundentes à Polícia Federal. Segundo eles, por orientação do então ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, a PF passou a criar empecilhos burocráticos para autorizar a posse de armas.

“Isso aconteceu por orientação do PT, era um acordo do Foro de São Paulo, que queria implantar o socialismo em toda a América Latina. Em todas as experiências de governos socialistas, eles precisaram desarmar a população”, discursou Lorenzoni.

O ministro Torquato Jardim argumentou que o tema diz respeito aos direitos individuais, portanto merece uma abordagem social e psicológica. Propôs criar um grupo de trabalho conjunto entre técnicos indicados pelo Ministério da Justiça e pelos deputados para chegar a uma solução consensual.

Veja aqui vídeo com a íntegra da audiência na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados.

Veja aqui mais fotos da audiência em alta resolução. 

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