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Participação da sociedade e uso de tecnologia miram redução de homicídios

por publicado: 22/10/2015 19h29 última modificação: 22/10/2015 19h29
Especialistas avaliaram projetos sugeridos pela sociedade civil que visam à participação direta do cidadão nas políticas públicas de segurança

Brasília, 22/10/15 - Utilizar tecnologia de ponta para reduzir o número de homicídios no Brasil. Esse é o objetivo do 1º Laboratório de Participação e Inovação para Redução de Homicídios (LabPi), promovido nesta quinta-feira (22) pelo Ministério da Justiça. Por meio do LabPi, especialistas em segurança pública avaliaram projetos sugeridos pela sociedade civil que visam à participação direta do cidadão nas políticas públicas de segurança.

Em parceria com a Secretaria Executiva, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) iniciou a análise de dez projetos que aplicam desenvolvimento de software, design, geoprocessamento e banco de dados nas ações de prevenção e repressão à violência. O Vigilante, por exemplo, é um aplicativo com o qual uma pessoa pode denunciar anonimamente abusos cometidos por policiais.

Para Lucas Augusto Adib, um dos criadores desse aplicativo, a proposta do LabPi vem ao encontro da discussão sobre novas de enfrentamento à violência. "Os projetos avaliados pelo Ministério refletem a competência da sociedade civil em apresentar soluções inovadoras aplicadas à tecnologia para uso em políticas públicas", afirmou Adib.

"O Sinesp - Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas −  é exatamente isso: tentar aproximar o cidadão à segurança pública, para fazer com que ele seja parte desse processo. Mas devemos ressaltar que muitas das ferramentas que avaliaremos aqui precisam de uma participação efetiva dos governos estaduais", destacou Rogério Bernardes Carneiro, diretor do Departamento de Pesquisa, Análise de Informação e Desenvolvimento de Pessoal em Segurança Pública (DEPAID), ligado à Senasp.

De acordo com o secretário Executivo Substituto do Ministério da Justiça, Flávio Marques Prol, o LabPi é uma oportunidade de se compartilhar experiências sobre "os vários projetos que já foram analisados previamente pela equipe de especialistas do MJ e que contou com a participação de especialistas dos respectivos Estados de origem dos projetos". 

Com relação à participação social nas políticas públicas governamentais, o assessor da Secretaria de Assuntos Legislativos, Marco Antônio Konopacki, evocou a colaboração de representantes da sociedade em dois importantes debates públicos: a regulamentação do Marco Civil da Internet e da lei sobre proteção de dados pessoais.

Projetos - Os critérios de avaliação considerados são o interesse público, a usabilidade e transparência. Em resumo, o projeto deve contribuir para a redução de homicídios, gerar valor para atividades relacionadas à segurança pública e agregar produção de informações sobre segurança pública. Também foi levado em conta a facilidade de utilização pelo usuário e adoção pela sociedade.

Os dez projetos selecionados foram:

ePericia - Palmas/TO;

Força Tarefa Brasil - Brasília/DF;

Juntos pela Segurança - Maceió/AL;

Onde Fui Roubado - Salvador/BA;

Prever para poder prover - São Paulo/SP;

Radarea - Brasília/DF;

SIMVIDA - Belém/PA;

Smart Policing - Rio de Janeiro/RJ;

Vigilante - São Paulo/SP; e

WikiCrimes - Fortaleza/CE.