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Os melhores amigos da lei
Armas eficientes e indispensáveis nas operações da Força Nacional de Segurança Pública, os cães farejadores têm lugar garantido entre os integrantes da tropa. Esses animais são empregados nas operações da Força Nacional desde 2007. Na base da Força Nacional no Gama, Distrito Federal, dois cães já treinados aguardam a próxima missão. Boris, um pastor malinois de dois anos e meio, e Urso, um labrador de um ano e meio, permanecem no Distrito Federal enquanto outros cães atuam com a Força Nacional espalhados pelo país, principalmente nas regiões de fronteira.
Entre as raças mais adequadas para o trabalho de faro, além do pastor malinois e do labrador, destacam-se o pastor alemão e o springel spaniel. Por meio de treinamento adequado, que pode durar até 18 meses, esses animais são capacitados a identificar drogas escondidas em automóveis ou enterradas no chão, armas e munições nas mesmas condições e até identificar vítimas soterradas por escombros ou terra a uma profundidade média de 20 metros. Já a identificação de armas e munições se dá com o condicionamento do cachorro aos odores de pólvora e mesmo do óleo lubrificante utilizado para a limpeza de armamentos.
A Força Nacional possui um banco de dados com cerca de 300 binômios - cada binômio é composto pelo cão e seu condutor - qualificados para atuar no farejamento de entorpecentes, explosivos e em áreas atingidas por deslizamentos de terra, desmoronamentos ou tragédias naturais. Os cães farejadores são escolhidos com os respectivos condutores dos batalhões das polícias militares estaduais que cedem esses profissionais à tropa.
Treinamento
O treino diário (que dura cerca de 1 hora) é realizado por meio de atividades lúdicas. Dessa forma, ao entender o exercício como mera brincadeira, o cachorro passa a ter como referência o brinquedo dado como prêmio – uma bola de tênis, por exemplo – por ele ter encontrado a arma ou porção de entorpecentes escondidos. Na prática, o cão farejador é condicionado a associar o odor daqueles objetos à satisfação de ter seu brinquedo de volta.
A atividade de busca é realizada pelo cachorro, pelo policial condutor e mais um policial orientador, também chamado canga – responsável por verificar onde está o entorpecente (ou arma) que o cão encontra. Durante o treinamento, quando são utilizadas substâncias tóxicas como pólvora ou entorpecentes, a porção é devidamente acondicionada em recipientes de PVC ou plásticos similares.
Assim que o cão identifica o cheiro do objeto procurado, ele pode agir de duas maneiras diferentes. No comportamento passivo, o cão fica praticamente imóvel, indicando ter encontrado drogas ou armas. Já no ativo, o animal fica agitado, e começa a latir ou arranhar o local onde pode haver objetos sob suspeita – automóveis, barcos, bagagens etc. De acordo com a médica veterinária e soldado da FN, Rosa Maria de Sousa Campos, um cão treinado em condições ideais tem um percentual de acerto de 100% na identificação de entorpecentes e armas.
Em média, os cães farejadores trabalham até os 7 anos de idade. Depois, são aposentados e encaminhados à adoção, que não raro é feita pelo próprio policial que o conduzira nas missões da Força Nacional de Segurança Pública.
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