Brasília, 16/4/15 - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, relatou, nesta quinta-feira (16), para senadores que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC as medidas adotadas pelo Ministério da Justiça para auxiliar nas investigações.

O MJ e Procuradoria-Geral da República (PGR) firmaram acordo com o Governo francês para apurar possíveis crimes fiscais e levantar informações sobre a abertura de contas irregulares no exterior que podem ter ocultado bilhões de dólares da Receita. O secretário Nacional de Justiça, Beto Vasconcelos, e procurador-geral da República, Rodrigo Janot, devem ir à França para apurar os dados, que serão compartilhadas com a CPI posteriormente. 

“Temos duas linhas de investigação representadas pela Polícia Federal e pela Receita Federal, mas ambas seguem em sigilo”, informou Cardozo. Segundo o ministro, o objetivo é que as investigações caminhem cada vez mais rápido para auxiliar a atuação do Ministério Público durante a ação penal.

O senador Paulo Costa (PT-PA), presidente da comissão, foi quem solicitou a audiência com o ministro da Justiça. A reunião foi acompanhada pelo secretário nacional de Justiça do MJ, Beto Vasconcelos, e pelo diretor do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), Ricardo Saadi.

O senador vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), disse ainda que a comissão possui 342 nomes que compõem a lista disponibilizada pelo Conselho de Controle de Atividades e Finanças (Coaf). Com base no pedido de um relatório de inteligência fiscal, 50 terão a quebra de sigilo bancário e suas informações serão disponibilizadas para os trabalhos de investigação.

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