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Governo Federal lança pesquisas detalhadas sobre o crack no Brasil
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, apresentou na manhã desta quinta-feira (19) os detalhes das pesquisas “Estimativa do número de usuários de crack e/ou similares nas capitais do país” e “Perfil dos usuários de crack e/ou similares no Brasil”, encomendadas pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas, do Ministério da Justiça (Senad/MJ). A pesquisa tomou como referência as 26 capitais, o Distrito Federal e algumas cidades em regiões metropolitanas.
Os trabalhos serão fundamentais para o direcionamento das políticas públicas voltadas para os usuários de crack no Brasil. Após três anos de entrevistas domiciliares e em locais onde há o uso do crack, os pesquisadores estimam que existam atualmente nas capitais do Brasil cerca de 370 mil usuários de crack, com uma maior concentração nas regiões Nordeste e Sul.
O estudo foi encomendado pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad/MJ) à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo a Fiocruz, este é o maior e mais completo levantamento feito sobre o assunto no mundo, já com repercussões junto a comunidades internacionais que estudam o tema.
O ministro José Eduardo Cardozo definiu o estudo como revelador e diz que os dados mostram que o Programa Crack, É Possível Vencer, do Governo Federal, está no caminho certo. “É um desafio que o Governo Federal está enfrentando. Estamos preparando os municípios e Estados para que contemplem o dependente químico e haja a reinserção social e o atendimento clínico, pois é isso que 80% deles pedem”, reforçou Cardozo, destacando ainda que mais de R$ 1,6 bilhão já foi investido para o tratamento de usuário e combate ao tráfico de drogas.
Para estimar a quantidade de usuários de crack e drogas similares no Brasil os pesquisadores da Fiocruz entrevistaram cerca de 25 mil pessoas, através de pesquisas domiciliares, e mais sete mil em locais onde há uso de crack. Eles definiram características fundamentais sobre o perfil do usuário, como espaço onde a droga é utilizada, faixa etária, sexo, raça/cor, escolaridade, motivações para o uso da droga e outras características.
Para ler as pesquisas na íntegra clique aqui para o Livreto Domiciliar e aqui para o Livreto Epidemiológico.
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