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Governo e igrejas se mobilizam para definir ações de Segurança Pública
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Brasília, 30/4/18 – O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, reuniu-se com líderes religiosos de diversas confissões e denominações do Brasil para dar início a um projeto inédito de mobilização em prol do fim da violência. Uma parceria entre governo e igrejas pretende mobilizar a segurança pública e comunitária com objetivo de construir uma cultura de paz, de forma ecumênica e solidária.
Participaram do encontro, nesta segunda-feira (30), em Brasília, representantes das igrejas católicas, evangélicas, espíritas e de matrizes africanas, além de associações que realizam trabalhos sociais em comunidades e espaços públicos.
Integram o público alvo desse projeto os profissionais de segurança púbica, como policiais civis e militares, além de agentes penitenciários, guardas municipais, população carcerária, familiares e vítimas da violência.
O ministro Jungmann disse que esse é um importante passo na busca por soluções para a segurança pública porque envolver a sociedade. “Vencer a violência exige a solidariedade, responsabilidade e mobilização de todos nós”, ressaltou.
Jungmann lembrou que outros países que venceram o mesmo problema da violência levaram até 9 anos, e só conseguiram isso porque a sociedade organizada exigiu a continuidade dos programas adotados para redução dos índices negativos.
O arcebispo militar do Brasil, Dom Fernando Guimarães, membro da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disse que a parceria poderá resgatar valores fundamentais da cidadania, como respeito à autoridade, noção de nação, família e educação. “Esses são valores que encontram na convicção religiosa uma base muito sólida. O ministro querer reunir as religião para uma ação conjunta é uma grande contribuição para a sociedade”, disse Dom Fernando.
Durante a reunião, o ministro apresentou dados sobre a violência que mostram os jovens negros como as maiores vítimas da criminalidade no país. O representante das religiões de matriz africana, Júlio César Moronari, espera que o governo identifique os motivos desse fenômeno para que possam ser trabalhadas políticas efetivas de prevenção direcionado para a grupo. “Precisamos saber porque os alunos negros evadem da escola estão encarcerados, sem as mesmas oportunidades de outros”, afirmou Moronari.
De forma geral, a parceria entre governo e instituições religiosas irá focar na busca por melhoria na qualidade do serviço prestado durante as atividades policiais, assim como na prevenção primária de crimes por meio da reeducação moral e religiosa, capacitação em direitos humanos nas instituições e nas comunidades, apoio à saúde mental e emocional dos profissionais de segurança pública e ressocialização de presos.
O Ministério da Segurança Pública criará um conselho para coordenar as ações. Iniciativas e projetos já existentes servirão de base para a proposta final que será apresentada conjuntamente.
A mobilização das igrejas é mais uma estratégia do governo federal em integrar os diversos setores da sociedade na busca por melhorias no sistema de segurança pública. O primeiro passo foi na quinta-feira (26), quando representantes das federações de indústria e comércio de todo o país e o Sistema S foram a Brasília para uma m reunião no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Michel Temer.
Na ocasião, os empresários prometeram focar na contratação de jovens com o objetivo de não perde-los para o mundo do crime, além de oferecer mais capacitação profissional a eles e à população carcerária, com vistas ao processo de ressocialização de presos e egressos do sistema penitenciário.
Participantes
Ministério Extraordinário da Segurança Pública
- Gabinete do ministro Raul Jungmann
- Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp)
- Departamento Penitenciário Nacional (Depen)
Igrejas
- CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil)
- CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil)
- Aliança Evangélica Brasileira
- Assembleia de Deus
- Igreja Universal
- Federação Espírita Brasileira
- Candomblé - representante do ramo Ketu
- Outros parceiros
- Ordenariado Militar do Brasil (Ministério da Defesa)
- ACMEB (Aliança Pró Capelania Militar Evangélica do Brasil)
- Comissão Brasileira de Justiça e Paz
- Gideões Internacionais
- PMs de Cristo (SP, DF)
- Instituto de juristas cristãos (SP)
- Rádio Transmundial
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