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Brasil debate experiências com pesquisador Carl Hart

por publicado: 16/05/2014 11h26 última modificação: 16/05/2014 11h28

Brasília, 16/5/14 - O neurocientista americano Carl Hart foi recebido pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, e pelo secretário Nacional de Políticas Sobre Drogas do Ministério da Justiça, Vitore Maximiano, para uma conversa sobre estudos científicos sobre drogas e política pública. 

Chioro e Maximiano apresentaram ao professor o Programa Crack, é Possível Vencer e o funcionamento da rede de atenção psicossocial do governo federal. Também estavam presentes na reunião representantes da OPAS, Organização Pan-Americana da Saúde, e do UNODC, escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. 

Durante o encontro, o americano fez elogios ao modelo brasileiro de enfrentamento às drogas, especialmente aos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Hart participou de uma visita ao CAPS Álcool e Drogas 24 Horas de Ceilândia, cidade do entorno de Brasília (DF). Na ocasião, ele participou de uma roda de conversas com usuários de drogas e ficou satisfeito com o diálogo. “Aprendi muito com o modelo brasileiro. Me sinto encorajado porque, pelo que vi nos lugares que visitei, percebo que é possível mudar essa realidade entre os usuários de drogas no Brasil”, afirmou.

“A grande mudança no Programa Crack foi a transformação na cultura de tratamento aos usuários, que não são confundidos com os grandes traficantes e passam a ser encaminhados a rede de saúde”, explicou Vitore Maximiano. 

O ministro Arthur Chioro falou sobre os avanços já obtidos desde o lançamento do plano Crack, É Possível Vencer, ação do governo federal junto a estados e municípios para construir estratégias públicas sobre a questão das drogas pela articulação dos eixos: prevenção, cuidado e segurança. 

O governo federal demonstrou interesse nos estudos científicos sobre drogas realizados pelo professor Hart na Universidade de Columbia. Hart também visitou alguns lugares onde usuários consomem crack em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. “Falei com as pessoas no centro de São Paulo e eles não estão prendendo os usuários de crack. Eles estão ajudando na busca de trabalho e tentando deixar os usuários se sentir melhor consigo mesmos. Esta é a primeira coisa, você não pode prender pessoas”, constatou Hart.

Por Marina Junqueira

Com informações do Ministério da Saúde
Ministério da Justiça
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