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Cooperação internacional é destaque na segurança da Olimpíada

por publicado: 29/06/2016 18h51 última modificação: 29/06/2016 18h51

Brasília, 29/06/16 - O governo brasileiro desenvolveu uma série de ações de cooperação internacional como parte do planejamento de segurança para a realização dos Jogos Rio 2016. Essas atividades são coordenadas pelo Ministério da Justiça e Cidadania e incluem intercâmbio policial internacional com cursos e programas de observadores de grandes eventos. O Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI) e o Centro Integrado Antiterrorismo (CIANT) terão a colaboração de policiais de outros países.

O CCPI faz parte do Sistema Integrado de Comando e Controle implementado pela Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge) do Ministério da Justiça e Cidadania. Durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, o trabalho do CCPI será conduzido pela Polícia Federal e irá operar com cerca de 250 policiais de 55 países, além da Interpol, Ameripol e Europol reunidos em dois centros de comando e controle no Rio de Janeiro e em Brasília, que funcionarão entre os dias 1º de agosto e 19 de setembro.

A primeira edição do CCPI ocorreu na Copa das Confederações da FIFA em 2013, quando foram reunidos 22 policiais de oito países. Durante a Copa do Mundo FIFA 2014, o CCPI foi ampliado e reuniu 205 policiais de 37 países.

A equipe reunida em Brasília atuará 24 horas por dia, na análise de informações de todos os estrangeiros que venham ao Brasil durante os Jogos Olímpicos. Através do CCPI, as forças de segurança pública do Brasil terão a capacidade de pesquisar informações em todos os países, ampliando significativamente o espectro de dados disponíveis.

Maior operação policial

No Centro de Cooperação da cidade do Rio de Janeiro, a atuação será focada em atividades externas. Esses policiais integrarão equipes móveis da Polícia Federal e estarão nas áreas de competição. O objetivo dessas equipes é levantar informações de inteligência de campo. Além das atividades de inteligência, o CCPI também presta apoio no curso de investigações conduzidas pelas polícias Civil e Federal envolvendo visitantes de outros países. Sempre que um estrangeiro estiver envolvido em um delito relacionado aos Jogos, o CCPI enviará representantes que possam ajudar na coleta de informações. Esse trabalho envolve desde a tradução dos depoimentos até a confirmação de identidade nos bancos de dados internacionais.

 "Com a integração das forças de segurança pública, com apoio das Forças Armadas, nós entendemos que, a exemplo do que fizemos em eventos anteriores, podemos garantir que teremos um ambiente de absoluta tranquilidade. Além disso a cooperação internacional mostra que o Brasil está executando as melhores práticas internacionais para segurança em grandes eventos", destaca Andrei Rodrigues, secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça e Cidadania (Sesge/MJC).

Trata-se da maior operação de cooperação policial internacional da história do Brasil e da própria Interpol. Até o momento já estão confirmados os seguintes países: Angola, Argélia, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Coréia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Hungria, Iêmen, Índia, Itália, Japão, Malásia, México, Nigéria, Noruega, Nova Zelândia, Oman, Portugal, Qatar, Reino Unido, Rússia, Suiça, Turquemenistão, Ucrânia.

Antiterrorismo e Capacitação

Para os Jogos Olímpicos do Rio foi criado o Centro Integrado Antiterrorismo, que é supervisionado pela Sesge/MJ e coordenado pela Polícia Federal. A atuação será  focada no enfrentamento ao terrorismo em relação à segurança pública. O ambiente também contará com intercâmbio e cooperação de policiais nacionais e estrangeiros no combate à ameaça terrorista. Até o momento estão confirmados a Argentina, Reino Unido, Paraguai, Estados Unidos, Espanha, Bélgica e França.

O trabalho de Cooperação Internacional inclui ainda o Programa de Observadores de Grandes Eventos Desportivos Internacionais, o qual possibilita que profissionais de segurança pública das principais instituições envolvidas na preparação da Olímpiada possam vivenciar e acompanhar in loco as melhores práticas adotadas em alguns dos mais importantes eventos internacionais. 

A participação do Brasil no Programa de Observadores teve início, em abril de 2015, durante a Maratona de Boston (EUA) que contou com mais de 30 mil corredores e um milhão de espectadores. O encerramento ocorreu em meados de fevereiro deste ano com o Super Bowl, maior evento norte-americano. O convite para acompanhar a segurança deste último partiu do governo norte-americano, por meio do FBI (Federal Bureau of Investigation).

O programa incluiu visitas e reuniões no Departamento de Polícia de São Francisco, no Centro de Operações Conjunto do FBI, no Centro de Operações de Inteligência, Unidade Marítima (Marine Unit), Centro de Operações de Emergência, Centro de Operações do Departamento de Polícia de São Francisco e NFL Security.

Os profissionais brasileiros também acompanharam a ação de segurança no US Open de Golfe (EUA), nos Jogos Europeus (Azerbaijão); Tour de France (França, Bélgica e Holanda); Jogos Pan-Americanos (Canadá); Campeonato Mundial de Atletismo (China) e a Maratona de Berlim (Alemanha). Para as Olimpíadas, o Brasil convidará Japão (próxima Olimpíada) Russia (Próxima Copa Futebol), Qatar (Copa 2022), Coreia do Sul (Olimpíadas de Inverno) e Peru (Panamericano 2019) para acompanharem a operação de segurança dos Jogos.

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