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Seis ton de maconha e munição 7,62mm saídos do MS seriam entregues no RJ

por publicado: 27/02/2018 12h05 última modificação: 27/02/2018 12h56
Polícia Rodoviária Federal prende na BR-262 motorista com carga encomendada pelo crime organizado

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No compartimento de carga, havia seis toneladas de maconha, 3,5 mil munições e 42 frascos de lança-perfume

Brasília, 27/2/18 - O motorista A.T, de 60 anos, foi contratado em Dourados, cidade de 215 mil habitantes no Sudoeste do Mato Grosso do Sul. Deveria dirigir o caminhão já carregado que seu contratante lhe confiou e entregá-lo a um destinatário na BR-040, próximo ao Rio de Janeiro. Receberia R$ 3 mil pelo trabalho, assim que chegasse ao destino final.

Foi o que disse o motorista ao ser preso pela Polícia Rodoviária Federal no fim da tarde da segunda-feira (26), numa blitz montada no quilômetro 23 da BR-262, em Três Lagoas. A.T. já havia dirigido por mais de seis horas e percorrera 460 quilômetros desde que recebeu o serviço.

Ao ser parado na blitz, A.T. demonstrava nervosismo. Gaguejava. Respondia com insegurança às perguntas dos inspetores da PRF. O documento do caminhão continha sinais de falsificação. Os policiais decidiram, então, investigar. Bingo: escondidos no compartimento de carga, havia seis toneladas de maconha, 3,5 mil munições calibre 7,62mm e 42 frascos de lança-perfume.

O homem foi preso e encaminhado para a Polícia Federal de Três Lagoas. Lá, interrogado, ele e as informações que detém serão usados na investigação de combate ao crime organizado contra as facções que vendem drogas e promovem violência, especialmente no Rio de Janeiro.


Égide

A prisão de A.T. e da carga criminosa que levava faz parte da Operação Égide, montada em julho do ano passado desde a fronteira do Brasil com Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina e nas divisas dos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.


A ideia é montar um cerco em torno do principal mercado de drogas do país – o Rio de Janeiro --, desde a fronteira até as cercanias da cidade. Assim, há três ondas de operações. A primeira foi montada nas fronteiras. Começa no Mato Grosso do Sul e desce pelo Paraná e Santa Catarina até o Rio Grande do Sul. A segunda, país adentro, abrange os estados de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo. A terceira fica no Rio de Janeiro propriamente dito.


Desde então, o Governo Federal vem atuando de forma sistemática para impedir a entrada de drogas, armas e munições para o crime organizado. Desde que foi iniciada, a Operação Égide já prendeu mais de 12 mil pessoas, apreendeu 182 toneladas de maconha, mais de quatro toneladas de cocaína e crack, 868 armas de fogo, entre elas dezenas de fuzis de assalto e mais de 147 mil munições de vários calibres. A maior parte das prisões e apreensões acontecem nas primeira e segunda ondas da operação.


O ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirma que uma parte importante da luta contra o crime organizado é a tática de asfixia logística. “Se impedimos o abastecimento da mercadoria que vendem e das armas que usam, nós enfraquecemos as quadrilhas. Elas têm menos munição para atirar e, com estoque de drogas sob pressão, menos dinheiro para financiarem sua guerra”, diz.


Veja o balanço da Operação Égide

Veja aqui vídeos da blitz em Sete Lagoas (MS)

Veja aqui mais fotos da prisão do motorista A.T: 

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