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Modelo de análise de antecedentes empregado nos Jogos Rio 2016 é legado para a segurança

por publicado: 16/09/2016 13h46 última modificação: 16/09/2016 14h37
O diagnóstico contou com uma estrutura desenvolvida especificamente para os jogos e não tem precedente no Brasil

Brasília, 16/9/16 – Para garantir que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 aconteçam em um ambiente seguro, não basta apenas ter policiais, militares e outros agentes de segurança nas ruas e instalações esportivas. O trabalho de inteligência policial quase sempre passa despercebido do público, mas é parte fundamental do sucesso de uma operação de segurança desse porte.

Uma das responsabilidades dessa atividade, sob a coordenação da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça e Cidadania (SESGE/MJC), é a realização de pesquisas referentes a todos os candidatos à obtenção de credenciais para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, incluindo atletas, comissões técnicas, árbitros, jornalistas, dirigentes esportivos, autoridades, voluntários e força de trabalho.

Uma equipe de 40 analistas de risco, oriundos de diferentes instituições de segurança pública, trabalha de forma coordenada em um ambiente de integração, utilizando um sistema automatizado desenvolvido especificamente para a realização de consultas a bases de dados de instituições estaduais, federais e internacionais com vistas à detecção de indivíduos que possam representar qualquer tipo de ameaça à segurança dos Jogos.

Chamada também de “Background check”, a análise de antecedentes contou com uma estrutura desenvolvida especificamente para Jogos Rio 2016, e não possui precedente no Brasil. A novidade possibilitou a realização de um grande volume de consultas em curto espaço de tempo, bem como o fortalecimento dos laços de cooperação entre agências de inteligência nacionais e estrangeiras.

Ao todo, foram realizadas pesquisas referentes a 799.455 candidatos, dos quais 20.496 foram considerados “não recomendados”. Os motivos são variados, e incluem a existência de mandados de prisão em aberto, detecção de perfil violento, histórico de crimes sexuais e ligação com organizações criminosas.

“A integração entre diferentes instituições é sem dúvida o maior legado dos Jogos Rio 2016 para população na área da segurança pública”, sustenta o titular da SESGE/MJC, Andrei Rodrigues. “O reconhecido sucesso da operação de segurança dos grandes eventos é prova da importância dessa integração”, complementa.

“Com o término dos Jogos Rio 2016, o Ministério da Justiça e Cidadania pretende adaptar a metodologia de realização de pesquisas de segurança para aplicação em outros cenários da segurança pública, de forma a consolidar essa ferramenta de prevenção da criminalidade”, prevê o secretário Andrei Rodrigues.

Texto e foto: SESGE/MJC

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