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Cardozo esclarece que documentos sobre suposto cartel em SP não foram traduzidos

por publicado: 28/11/2013 18h19 última modificação: 21/02/2014 11h18

Dúvidas a respeito do acréscimo de informações em um dos documentos da investigação realizada pela Polícia Federal no caso do cartel de trens, que cita corrupção envolvendo políticos no estado de São Paulo, foram esclarecidas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, nesta quinta-feira (28), em Brasília.

Ouça a íntegra do áudio da coletiva
Veja a comparação dos documentos em inglês e português

O documento foi apresentado na última quarta-feira (20) como um suposto artifício político do governo federal para comprometer pessoas que são citadas na investigação da PF. Uma comparação apresentada por Cardozo mostrou que os documentos possuem conteúdo diferenciado, e não são traduções do inglês para o português, conforme apontaram na última terça-feira (26) integrantes do grupo político ligado a pessoas investigadas por receberem propina em São Paulo.

As diferenças começam pelo destinatário, já que o documento em inglês foi enviado para o ombusman da empresa Siemens, que firmou o chamado acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para diminuir, parcialmente, algumas das penas a que está sujeita caso comprovada a formação de cartel.  Já o destinatário do documento em português não possui identificação.

Outra comparação feita foi sobre a quantidade de páginas. Enquanto o documento em inglês possui cinco páginas, o em português tem sete. A diferença desses documentos não diz respeito à numeração ou quantidade dos tópicos, mas as informações que estão neles.

Na conclusão dos dois documentos, o em inglês possui apenas três parágrafos com informações que não constam naquele que foi enviado ao ombudsman da Siemens, incluindo menção aos futuros encaminhamentos que seriam feitos a autoridades brasileiras.

Por último, foi comprovado que o documento em inglês possui cinco anexos a mais do que na descrição feita em português.

O ministro Cardozo reforçou que cerca de 30 mil gigabytes oriundos das buscas e apreensões feitas pelo Cade já foram enviadas para o Ministério Público Federal e serão encaminhados também para o Ministério Público de São Paulo ou qualquer outro MP de estados citados no transcorrer do processo investigativo.

Por Luca Rosário
Agência MJ de Notícias
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