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Brasil fecha o cerco contra a pesca ilegal

por publicado: 03/12/2013 12h30 última modificação: 21/02/2014 10h50
Parceria entre os ministérios da Pesca e Aquicultura, Meio Ambiente, Defesa, Agricultura, Justiça e Marinha lança, nesta quarta-feira (4), em Brasília, o Plano Nacional de Combate a Pesca Ilegal



Para garantir um futuro sustentável para o setor pesqueiro nacional, o governo federal vai fechar o cerco contra a pesca ilegal. Uma parceria entre os ministérios da Pesca e Aquicultura, Meio Ambiente, Defesa, Agricultura, Justiça e Marinha do Brasil, lança nesta quarta-feira (4), em Brasília, o Plano Nacional de Combate a Pesca Ilegal.

 

A proposta é desencadear uma série de ações de orientação para pescadores artesanais e industriais, mudando os rumos do setor no País. O lançamento acontece no auditório Vladmir Murtinho, no Ministério das Relações Exteriores, às 9 horas. Faz parte da proposta a concessão de um selo às empresas de pesca que defendem e seguem as regras de pesca sustentável.


Análise da Fao (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) indica que apenas 1/5 da pesca no mundo seja declarada e legalizada. “Há casos em que o peixe é pescado ilegalmente na nossa costa, levado para outros países e depois importado”, acrescenta Mutsuo Asano Filho, diretor de pesca industrial do Ministério da Pesca e Aquicultura e coordenador do grupo estratégico responsável pelo plano.

 

O trabalho do governo federal terá início pela pesca de arrasto, que além de bastante nociva se executada irregularmente, é fonte de conflito entre pescadores industriais e artesanais em regiões como o Sul do país. A primeira fase deve durar quatro meses, com operações conjuntas dos órgãos participantes e orientação aos pescadores nos principais polos de pesca do país.


A INN (Pesca Ilegal, Não Declarada e Não Regulamentada) atrapalha o planejamento das políticas voltadas ao desenvolvimento do setor. “Estatísticas e avaliações de estoques, que permitem a concessão de licenças e a proibição de determinadas pescarias ficam prejudicadas” acrescenta Asano. Também pode ser considerada crime contra ordem econômica, a medida em que eleva o preço do pescado ao consumidor final, seja pela necessidade de importação para o atendimento interno, seja pela redução da oferta livre no mercado. Há impactos ainda na qualidade do pescado consumido pela população e, em especial, na redução dos estoques pesqueiros  e na fauna marinha em geral. Pontos de pesca ilegal são geralmente criadouros e berçários marinhos preservados, reservas ou cardumes de espécie em período de defeso (reprodução).

 

Ofensiva
A previsão é de que o Plano Nacional de Combate à Pesca Ilegal – que representa uma resposta do governo federal às recomendações da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para o aumento do combate à pesca ilegal no mundo -  irá demandar mais de R$ 20 milhões  - considerando recursos financeiros, estruturas de apoio e pessoal – e mobilizar mais de mil servidores públicos.


Operações de fiscalização e campanha de educação e informação serão realizadas simultaneamente. As operações dos órgãos participantes serão conjuntas e a campanha  de orientação aos pescadores estará presente nos principais polos de pesca do país. Serão combatidas irregularidades na pesca de arrasto, cerco, espinhel, emalhe e armadilhas, com prioridade para a de arrasto, responsável, quando exercida ilegalmente, por grande devastação biológica e até por conflitos na região Sul do país.

 

As operações serão extensivas à pesca artesanal, industrial e esportiva.  Um disque denúncia será colocado à disposição da população. As pessoas que foram flagradas desrespeitando a legislação estarão sujeitas a multas, perda de licença de pesca, apresamento de embarcações e de produtos, entre outras penalidades.


Do Ministério da Pesca e Aqüicultura
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