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1.000% de aumento na apreensão de munição a caminho do Rio

por publicado: 03/11/2017 13h38 última modificação: 03/11/2017 14h18
Barreiras nas fronteiras e corredores rodoviários estrangulam logística do crime organizado. Em 113 dias de operação, foram recolhidas 73.076 unidades de calibres usados em revólveres, pistolas, metralhadoras e fuzis

Munição

Brasília, 3/11/17 – Como parte da estratégia de combate ao crime organizado no Rio de Janeiro, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJ) vem registrando um significativo aumento no número de munições de armas de fogo apreendidas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas vias que ligam estados da faixa de fronteira e o Rio de Janeiro. Em 113 dias da Operação Égide, foram recolhidas 73.076 unidades de calibres usados em revólveres, pistolas, metralhadoras e fuzis - número 1.035% superior aos do mesmo período em 2015 e 488% maior que em 2016. 

A Operação Égide é desenvolvida pela PRF em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) desde 10 de julho deste ano. O objetivo é reforçar o combate ao tráfico de armas, drogas e produtos contrabandeados. As ações acontecem em três etapas simultâneas: nas rodovias federais que cruzam estados de fronteira (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul); nos grandes corredores rodoviários (Goiás, São Paulo e Minas Gerais); e no Rio de Janeiro. 

Do início da Operação até 31 de outubro, foram apreendidas 3.255 munições nas rodovias federais dos estados de fronteira (1553,56% mais que em 2015 e 939,98% mais que em 2016), 53.840 nos estados de SP, MG e GO, (elevação de 326,61% em relação há dois anos e 190,63% superior ao ano passado) e 15.981 somente no estado do Rio de Janeiro (11.480,43% mais apreensões que em 2015 e 90,41% acima do apreendido em 2015). 

Os números também aumentaram em relação às apreensões de armas de fogo e drogas ilegais, prisões de acusados de crimes e veículos recuperados. O saldo está sendo contabilizado pela PRF. A Operação Égide integra as ações do Plano Nacional de Segurança Pública, cujos três eixos prioritários são redução de homicídios dolosos, feminicídios e violência contra a mulher; racionalização e modernização do sistema penitenciário; e combate integrado à criminalidade organizada transnacional. 

Tabela

Articulação
Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim, é fundamental inibir os meios logísticos de grandes quadrilhas, buscar a fonte de dinheiro. "Trata-se de uma ação contínua para obrigar o crime organizado a gastar os recursos que tem. O governo federal cercou a chegada de munição na capital e no estado do Rio de Janeiro. Os bandidos estão perdendo a guerra da logística porque houve estrangulamento logístico", afirmou. 

As ações têm o Rio como foco, pois há uma força-tarefa do governo federal em andamento devido à crise de segurança pública no estado, mas beneficiam todos os estados do país. As ações também contam com a participação da Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Federal, especialmente nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e de Foz do Iguaçu (PR), assim como colaboração com as Forças Armadas, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e policias estaduais. 

"A cooperação federal, inédita na forma em que está acontecendo no Rio de Janeiro, possibilitou à PRF resultados expressivos no controle da violência nas rodovias federais, incluindo a diminuição drástica da incidência de roubo de cargas nos trechos policiados pelas nossas equipes. Através da parceria com a Senasp, pudemos aumentar o número de equipes em trechos estratégicos e também estamos utilizando melhor a tecnologia e a inteligência policial", destacou o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Renato Dias.

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